Se você perguntar a dez pessoas na sua organização quem é responsável pela qualidade, provavelmente receberá dez respostas diferentes.
Alguns podem dizer “a equipe de qualidade”. Outros podem apontar para operações, engenharia ou até sucesso do cliente.
Mas a verdade é que—qualidade não é um departamento. É uma responsabilidade. E, ultimamente, essa responsabilidade parece mais pesada do que nunca.
Em diversos setores, os dados se tornaram nosso conselheiro mais confiável—e às vezes nossa maior fonte de dúvida.
Acompanhamos, medimos, monitoramos e relatamos todas as operações do negócio. Ainda assim, na hora de tomar uma decisão, quantos de nós podem dizer com total confiança: “Sim, esses dados estão corretos—e eu confio no que eles estão me dizendo”?
Essa é a tensão silenciosa na qual a maioria das organizações vive. Temos mais dashboards do que nunca, mas menos pessoas que realmente se sentem confiantes em usá-los. Automatizamos a coleta de dados, mas não o entendimento. E transformamos qualidade de uma disciplina em um entregável—algo a ser alcançado, não incorporado.
As organizações mais bem-sucedidas não são aquelas que tratam a qualidade como um item a ser marcado.
São aquelas que a tratam como uma linguagem compartilhada—falada entre design, desenvolvimento, produção e até liderança.
Quando uma cultura de qualidade é construída sobre responsabilidade compartilhada, duas coisas acontecem:
As pessoas tomam decisões melhores porque confiam no processo e nos dados que o sustentam.
Líderes ganham visibilidade real—não apenas sobre métricas, mas sobre a confiança por trás delas.
Em outras palavras, a qualidade deixa de ser uma função isolada e se torna o tecido conectivo da organização.
À medida que entramos em mais um Mês da Qualidade, talvez a pergunta não seja “como podemos medir a qualidade?”
Talvez seja “como podemos assumi-la?”
A qualidade não é algo que acontece depois que um produto é feito ou um serviço é entregue—ela está incorporada em cada ação, decisão e transição ao longo do caminho.
As organizações que prosperam são aquelas que tornam a confiança mensurável, rastreável e compartilhada.
Porque, no fim do dia, seu resultado financeiro não depende apenas da qualidade.
Depende da confiança que as pessoas têm em criá-la.